Do ralo ao Rio
Você sabe o que ocorre com a água depois que a utilizamos em nossas atividades diárias, seja após o banho, lavando alimentos na torneira, lavando roupa, é necessário algum tratamento específico? Ou seria apenas um direcionamento para o rio mais próximo?
O tratamento de efluente gerado nas casas e a implantação do saneamento básico nas cidades segue toda uma estruturação de redes coletoras, tubulações, caixas de separação que são planejadas principalmente de acordo com o objetivo de utilização da construção, a quantidade de pessoas presentes e tipos de efluentes que serão lançados, dentro outros requisitos.
Como funciona o ciclo do esgoto?
Fonte: Ecoeficientes
Rede de esgotamento individual.
O sistema de tratamento individual é obrigatório quando não há sistema público de esgoto, o sistema do tipo fossa-filtro-sumidouro é comumente utilizado;
A caixa de gordura é necessária em todos os tipos de sistemas de tratamento, para evitar acúmulo de gordura (advindos de sabonete, sabão, por exemplo) e obstrução das tubulações;
A fossa séptica é o local onde ocorre a sedimentação dos sólidos, formando um lodo, que deve ser limpo através de um caminhão limpa-fossa periodicamente;
O filtro anaeróbico é utilizado para tratamento biológico do sistema, formado por britas compostas de micro-organismos que decompõe a matéria orgânica, podendo ser colocado após o filtro um clorador para remover organismos que possam causar doenças;
Sumidouro é o local para onde o esgoto, já tratado, vai para ser infiltrado no solo, ocorrendo através de furos na parede e no fundo;
Para zona de raízes pode-se optar em utilizar as raízes de plantas como forma de filtro, assim, depois de passar pela fossa, o esgoto segue por um leito filtrante onde é feito o plantio de algumas plantas, que são adaptadas a condições de solo com pouca ou muita água; absorvendo a matéria orgânica e os nutrientes.
Rede de esgotamento, responsabilidades.
O usuário é responsável pelas instalações prediais de esgoto dentro do terreno; ligações de passagem e caixa de gordura;
A ligação entre a rede de esgoto da residência com a concessionária é necessário ter a ligação das caixas de gordura, tubulações e válvula de retenção para esgoto com a rede coletora;
Descrições do local de medição das tarifas de esgoto são similar à forma como são pagas as contas do serviço de abastecimento de água;
A ligação equivocada da rede de esgoto com a rede pluvial é uma das principais irregularidades que ocorrem, que é a ligação do sistema de esgoto junto a água da chuva, podendo sobrecarregar a rede coletora de esgoto, extravasando para fora do sistema;
Após o tratamento na residência e com a devida interligação da rede coletora de esgoto, a empresa que gerencia o serviço de saneamento local, inicia efetivamente o tratamento do esgoto gerado através das Estações de Tratamento de Esgoto (ETE).
Em termos conceituais, o esgoto é composto basicamente de 99,9% de água e 0,1% de sólidos, sendo os principais parâmetros a serem removidos para o adequado tratamento, a matéria orgânica, o nitrogênio, o fósforo e os sólidos, o que irão garantir que o efluente seja devidamente tratado.
Vale-se ressaltar também, que todos estes procedimentos de tratamento descritos, são embasados por uma série de legislações específicas, que determina as condições mínimas de qualidade do efluente após o tratamento. Além disto, cada estado brasileiro possui normas particulares quanto a estes parâmetros de qualidade de saída do efluente.
Todas estas etapas apresentadas, são definidas para que este importante ciclo, funcione efetivamente, garantindo às condições básicas de saúde a população e reduzindo o impacto ao meio ambiente.
https://noticias.ambientebrasil.com.br/redacao/2019/07/26/153135-do-ralo-ao-rio.html